As primeiras rajadas rápidas de rádio foram descobertas há 12 anos, e ainda não se sabe que tipo de objeto cósmico as produz
Desde 2007, chega do espaço um tipo de sinal que intriga os astrônomos. Da Terra, são percebidos como pulsos de rádio brevíssimos, de um milissegundo, e muito fracos. Mas essa percepção só se deve à sua origem remota. Nesse milissegundo de brilho eles emitem tanta energia como o Sol em 80 anos. Por enquanto, não se sabe que tipo de objeto produz os FRB (rajadas rápidas de rádio, na sigla em inglês), embora exista um bom número de hipóteses.
Já foram descobertos 85 destes sinais, mas só um deles, o FRB 121102, foi localizado com precisão suficiente para conhecer sua galáxia de origem. Essa rajada era também bastante peculiar dentro de uma família por si só estranha. Era uma das duas que, depois de serem descobertas, se repetiram. Nos demais, apesar de voltados para a mesma direção do céu, as rajadas acabaram sendo um fenômeno único.
Os detetives que tentam desvendar esse mistério cósmico acrescentaram mais uma peça de informação nesta semana. Na quinta-feira, a revista Science publicou o trabalho de uma equipe internacional de cientistas que localizou pela primeira vez um FRB que não se repetiu. Um grupo liderado por Keith Bannister, pesquisador do